O Nosso Guia de Malta 2019: O Que Fazer, Onde Ficar, Onde Comer

Depois de muito pensar e pesquisar sobre onde ir passar uma semana a dois, antes do bebé nascer, acabámos por optar por Malta. Porque tinha de ser um sítio relativamente perto, seguro, não muito frio e – de preferência – que nenhum de nós conhecesse. Ora, escolher um sítio novo com um namorado que já conheceu perto de 60 países não é fácil. Mas lá optámos por conhecer a ilha e, pelo meio, ainda demos um saltinho em Sicília (que fica para outro post).

Apesar de ser um destino com um clima mediterrâneo, isso nem sempre quer dizer que é mais quente. O clima é imprevisível e posso dizer-vos que, nos quatro dias que lá estivemos, tive imenso calor, tive frio, apanhei vento e choveu bastante durante um dia e meio. Já a pensar nisso, levei roupa para quatro estações: um par de calças (que ao fim de dois dias já não me serviam porque #gravidez e #carbs), tops de alças, camisas de manga comprida, camisolas, um par de calções e dois vestidos.

Fomos pela Air Malta, que tem voo direto de Lisboa, e quando chegámos apanhámos um Bolt (os Ubers de Malta, que pertencem à Taxify – instalem a aplicação se lá forem, porque o taxi é caríssimo!) e fomos diretos para o hotel.

O primeiro sítio onde ficámos foi o The House, um apartamento estilo Aribnb na zona central de Valeta. Este é o nome da pequena capital da ilha e onde grande parte da ação acontece. Como chegámos à noite, já não deu para fazer nada, mas de manhã acordámos com vontade de andar por todas as ruas e explorar ao máximo. No entanto, era domingo e estava tudo fechado – à excepção de um café ou outro – então foi um dia para andar e tirar fotografias. Valeta é uma cidade visualmente castanha, com uma construção de toque árabe e do norte de África, na qual se destacam as portas coloridas – dá a impressão de que cada casa tem uma porta única, exclusiva e da qual o proprietário se orgulha muito.

Lembram-se daquela frase “era uma vez um gato maltês, tocava piano e falava francês”? Eu nunca associei “gato maltês” com “gato de Malta”, mas depois desta viagem fez imenso sentido! Há gatos em toooodo o lado, o que fez com que eu tivesse de parar para umas festinhas de 5 em 5 metros.

Visitámos os Upper Barrakka Gardens, os jardins públicos que têm vista panorâmica para o Grand Harbour. Neste jardim encontram homenagens a personagens importantes, como o caso de Winston Churchill, e é excelente para tirar fotos com um fundo azul.

No segundo dia, depois de já termos andando bastante por toda a cidade de Valeta, decidimos ir conhecer outra parte da ilha – Sliema -, que fica mais a norte, a uma viagem de 10 minutos de barco. Esta é uma das vantagens de Malta: eles têm barcos para todo o lado, a um preço muito acessível (cerca de 1,50€ cada viagem). Inicialmente pensámos em alugar carro, mas rapidamente percebemos que não fazia sentido nenhum: primeiro, porque eles conduzem do lado oposto ao nosso (e queremos evitar acidentes no estrangeiro), segundo porque é uma ilha caótica para conduzir e estacionar (mais uma vez, ninguém quer ter um acidente) e, terceiro, porque realmente se faz tudo muito bem a pé e, para distâncias mais longas, temos barcos e Bolt Taxify (que usámos pouquíssimas vezes).

Nas últimas duas noites ficámos na Casa Birmula, na zona de Cospicua, uma casa com 400 anos recuperada pela nossa host Mariella. Se forem a Malta e quiserem ficar numa zona mais sossegada, mesmo à frente da marina onde podem apanhar o ferry direto para Valeta, então aconselho muito a Casa Birmula. Como o nome sugere, é um ambiente bastante caseiro, os quartos são espaçosos e com um toque mais clássico (diria até barroco), o pequeno-almoço é bastante completo e num ambiente que nos permite conhecer os outros hóspedes de forma despretensiosa – em estilo hostel. Se forem no Verão, têm direito à piscina do terraço, com vista para a cidade. Gostei bastante desta Casa precisamente pelo facto de ser bastante típica, não nos fazendo esquecer que estávamos imersos na cultura de Malta.

Quanto aos restaurantes, devo dizer que fiquei ligeiramente desiludida. Eu já ia com a expectativa baixa, depois da pesquisa que fiz, e acabámos por perceber que a gastronomia local não era bem a nossa praia. Eles têm pratos típicos que são muito à base de carne de coelho, salsichas maltesas, ensopados… e como nós não somos muito aventureiros no mundo das carnes, acabámos por comer em restaurantes mais “americanizados”, optando por pizzas, massas e sandes. No entanto, houve dois sítios que se destacaram:

The Kingsway: onde tomámos o segundo pequeno-almoço, é um sítio com um toque inglês e com várias opções de brunch. Eu comi uma das melhores tostas de abacate, com ovo escalfado e um queijo de cabra espectacular. Se este for mais o vosso género, não deixem de visitar (apesar de ser mais caro que um café típico de Malta).

Storie & Saporipara quem conhece o Forno d’Oro em Lisboa, as pizzas do Storie & Sapori são praticamente iguais. Logo que entrámos, reparei no forno a lenha que eles usam, muito similar ao de Lisboa. As pizzas são óptimas e é uma óptima opção para almoço, ficando mesmo à entrada dos Upper Barrakka Gardens.

Se estiverem à procura de um restaurante típico maltês, com um ambiente único, o mais aconselhado foi o Nenu – The Artisan Baker. Todos eles são em Valeta.

Estivemos dois dias em Malta, depois apanhámos um avião para Sicília, onde ficámos três dias, e, antes de voltar para Lisboa, ainda ficámos mais dois dias em Malta. Nesses dois últimos dias, ao contrário do calor abrasador dos dois primeiros, choveu imenso e estava frio e vento. O nosso plano era conhecer o outro lado da ilha nesses dois dias: Mdina, Rabat e Popeye Island (sabiam que o Popeye é de Malta?!)… no entanto, São Pedro decidiu que não seria assim e acabámos por aproveitar cada paragem na chuva para andar mais um bocadinho por Valeta. O resto do tempo estivemos na Casa Birmula, a relaxar e a conversar com os outros hóspedes.

Se estiverem a planear ir a Malta, estudem bem o tempo. No Verão faz mesmo muito calor, mas se o vosso plano é fazer praia talvez seja melhor pensarem em ir a partir de Junho. Se a ideia é andar a passear, penso que o final da Primavera (Abril/Maio) seja a melhor altura. De qualquer das formas, saibam que o horário de funcionamento dos estabelecimentos públicos não funciona como em Portugal (parecia que estava sempre tudo fechado) e que ficar alojado em Valeta, ou pelo menos perto, é mesmo o ideal.

Malta tem muito mais para ver, e adorava ter conhecido a cidade silenciosa de Mdina, mas com a chuva foi impossível! Se forem numa altura em que não esteja a chover, não deixem de explorar o resto da ilha.

2 Comments

  1. opá, adoro BTS (KPOP) e eles nas últimas férias foram a Malta… tentei convencer uma amiga a ir porque me pareceu tão lindo e a resposta foi ‘ouvi dizer que desaparecia lá pessoal, sequestram turistas’… nunca ouvi tal coisa, nem tinha ouvido falar de Malta…
    E agora tenho tanta inveja destas tuas férias Joana… parece que correu tudo bem apesar de que ainda não vi o vlog, que vou fazer já de seguida….
    Espero conseguir convencer uma amiga e ir… aproveito para te recomendar a veres as ‘férias’ dos putos se quiseres matar saudades de lá 😉 pareceu mesmo muito bonito.

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