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COMO LIDAR COM O MEDO E USÁ-LO A NOSSO FAVOR

Entrámos num novo ano e a maioria das pessoas já fez a sua lista de desejos para 2018 (vê a minha aqui). O grande problema destas listas, é que há sempre uma vozinha interior que nos impede de riscar alguns dos seus itens: essa voz chama-se medo.

Já alguma vez pensaste em todas as coisas que deixaste de fazer por medo? Não mudaste de curso por medo da reação dos teus pais, não disseste àquela pessoa o que realmente sentias por medo, não viajaste por medo, não aceitaste aquela proposta por medo… E se eu te disser que podes mudar totalmente a tua relação com o medo, sem o eliminares, de forma a atingires todos os teus objetivos e realizar todos os teus sonhos?

Pensa bem: o medo é necessário; é aquilo que nos mantém vivos. Se não tivéssemos medo, não durávamos cinco minutos neste planeta: seríamos atropelados, cairíamos de penhascos, seríamos comidos por animais selvagens… O medo é aquilo que nos impede de nos queimarmos, pois quando éramos crianças pusemos a mão no fogão de casa. O problema é quando o medo deixa de ser algo que nos previne de nos magoarmos e passa a ser algo que nos previne de viver.

A maior parte das pessoas vive nesta prisão imaginária que criou para si mesma, sem saber como ter uma relação saudável com uma parte de nós que apenas nos quer proteger – só há que saber como utilizar essa ferramenta a nosso favor. Podemos usar o medo para viver com medo de morrer, o que nos paralisa, ou podemos utilizá-lo para nos motivar a sermos cada vez melhores connosco e com os outros, pois sabemos que nada dura para sempre. Vês a diferença?

De cada vez que sentires medo, em vez de o tentares ignorar ou lutar contra a sensação, abraça-o. Reconhece que é uma parte de ti que te está a tentar proteger do perigo e percebe se a situação em que estás é realmente ameaçadora para a tua vida. A maior parte das vezes, o nosso medo é ativado em situações em que não existe perigo real, e reconhecermos essas situações é o primeiro passo para lidarmos melhor com o medo.

A única coisa que alimenta o medo excessivo somos nós, a nossa mente. Ao conseguirmos, racionalmente, separar o medo real do medo ilógico, conseguimos tomar melhores decisões e sermos mais proactivos com a nossa vida. Da próxima vez que quiseres muito fazer alguma coisa e sentires medo, conversa com essa parte de ti. Pergunta-lhe se existe mesmo alguma ameaça ao teu bem-estar e integridade. Se não existir, diz ao medo que agradeces que ele esteja presente, que te proteja, mas que neste caso ele não é necessário. Faz isto e deixa-te maravilhar com todas as experiências novas que te vão ser postas no caminho.

E, agora, deixo-te com uma pergunta para pensares: o que farias nos próximos tempos se não tivesses medo?

 

 

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